Hospital Salvador rede particular está lotada
20.07.2012
Os hospitais de Salvador estão com as emergências sem previsão de atendimento, pelo fato de estarem lotadas. O jornal A TARDE nas últimas terça e quarta-feira fez uma visita nas unidades de emergência e viram que se encontram lotadas, os beneficiários de planos de saúde aguardam a espera de atendimento e, muitos acabam voltando para suas casas e se automedicando, colocando a própria vida em risco.As visitas foram feitas aos hospitais Português, Santa Izabel, Evangélico da Bahia, Espanhol, Salvador, Aeroporto, São Rafael, Aliança Jorge Valente e Hospital da Cidade. Entre esses hospitais que foram visitados só o Hospital Salvador foi o que estava atendendo normalmente. O problema é classificado pelo presidente do Conselho Regional de Medicina da Bahia, Jorge Cerqueira, como “um colapso no sistema de saúde particular”.
Atualmente o fator mais agravante nesta situação das emergências hospitalares está sendo a falta de profissionalismo, recursos, espaço, seriedade, responsabilidade e planejamento. Entretanto a falta primordial vem sendo dos leitos e de material humano. Está é uma situação bem calamitosa. De fato não existe se quer remuneração devida e tampouco estímulo para o investimento em ampliação dos leitos e mais ambulatórios.
Diante do presidente da Associação de Hospitais e Serviços de Saúde (AHSEB), Marcelo Brito, relata que os hospitais estão sem nenhum tipo de condições de aumentar número de leitos, ambulatoriais e de material humano por falta de recursos e de reajustes na remuneração das operadoras de saúde aos hospitais. “A tabela negociada há vários anos não sofre reajuste. Posso citar o caso da Sul América, que há seis anos não reajusta o repasse, mas reajusta seus usuários e o retroativo acumulado”, informa.
De acordo com a fala da Presidente da Federação Nacional de Saúde Suplementar, (Fenasaúde), Solange Beatriz Palheiro Mendes, rebate as afirmações de que a falta de recursos dos hospitais é também proveniente do não-reajuste de remuneração das operadoras. Segundo ela, há anualmente reajustes nos valores de materiais e medicamentos que os hospitais repassam e as despesas médicas hospitalares vem crescendo significativamente a cada ano. “O que acontece é que as diárias e taxas em algumas situações ficaram com os preços mais achatados. Mas, efetivamente, não está havendo falta de recursos aos hospitais”, alega.
Fonte: Critina Alves
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